Cronenberg forever and ever


Ontem fui ao CCB assistir à antestreia do filme Cosmopolis com a presença de Paulo Branco, Robert Pattinson respetivo guarda-costas tal como no filme e, Don DeLillo o genial escritor que originou tudo isto.

Gostei do filme porque gosto muito do Cronenberg, gostei do filme porque representa as abstratas e complexas angústias de quem passa por esta vida importando-se. Apetece ver outra vez mas não já, primeiro tenho que o digerir lentamente.

Cronenberg foi categórico ao dizer que “o sentido do filme ainda está por revelar-se (para ele), devido à sua complexidade”, este filme representa o estado atual do ser humano no mundo que tal como Karl Marx previu, o capitalismo trará consequências imprevisíveis para a humanidade e essas já estão à vista.

O filme passa-se, quase todo ele, dentro duma limusina blindada que funciona como o escritório do jovem multimilionário e egocêntrico Eric Packer – personagem interpretada por Robert Pattison -, limusina essa que atravessa uma Manhattan caótica porque além do regresso do presidente dos EUA e de todo o dispositivo de segurança que isso implica decorre, também, o funeral dum conhecido rapper, mas o jovem quer cortar o cabelo e o barbeiro fica do outro lado da cidade, assim e, durante todo o percurso, vão entrando no escritório ambulante várias personagens e em menos de 24 horas o jovem multimilionário perde a mulher, milhões de dólares e enfrenta os momentos mais decisivos da sua vida.

Este filme faz-nos pensar, é denso e complexo tal como a vida que vivemos atualmente. Agora vou comprar o livro e lê-lo este fim-de-semana.

Ei-los em Cannes

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