À laia de diário: enxaqueca ou nó(s) no cérebro


Ainda em recuperação (coisas da velhice) duma valente enxaqueca que me atirou para um quarto escuro todo o dia de ontem, todo. Às escuras. No quarto. Sozinha, a beber gengibre em pó misturado com água.

Enfim, se hoje alguma criatura me vier falar dos prodígios desta década dou cabo dela de imediato. Puta que pariu a idade… falando bem português.

Adiante, uma enxaqueca é como se metade do crânio fosse explodir, é o equivalente a um vulcão em erupção dentro da cabeça, a uma cabeçada dum rinoceronte com balanço ou um autocarro de dois andares desembestado diretamente na testa. A sensação é esta. Ora isto não se vai num só dia, o que quer dizer que estou a modos como que anestesiada e a ouvir lá no fundo (seria o dia ideal para cantarem para mim) um pouco confusa, até.

Mais confusa fiquei quando me pus a ler as notícias de hoje e não é que a Lili Caneças cancelou a viagem de cruzeiro pelo mediterrâneo porque lhe roubaram o iphone. Terei lido bem?

Quem, no seu perfeito juízo, cancela uma viagem porque ficou sem iphone? A Lili Caneças, é a resposta. Lili Caneças magister dixit: “Ainda no aeroporto de lá roubaram-me tudo de dentro de uma mala Louis Vuitton, tinha lá as minhas joias, óculos da Gucci, da Prada e da Ray-Ban, os meus documentos, os cartões de crédito. O pior foi o Iphone".

Mais vale ser rico e saudável que pobre e doente é o que vos digo ainda toda entorpecida de tantos nós que sinto na cabeça.

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