O cão e eu

Como diz a minha amiga MT cura-se um cão com pêlo doutro. Será? Não percebo muito bem porque acho os cães todos iguais. Tenham eles raça, cor e o tamanho que tiverem, para mim são todos iguais, cometem os mesmos erros e sofrem todos do mesmo e, ainda são inseguros, autistas, além de serem fracos e frágeis.

O mais triste nisto tudo é a desistência. A desistência aniquila-me. Lutei ao ponto de se confundir com falta de amor-próprio, lutei até só ouvir não, lutei contra os meus medos, lutei contra tudo o que me aconteceu na vida com eles, sempre e invariavelmente, lutei e deve lutar-se sempre.

Diz-me o "meu" Francis que os homens não sabem o que fazer comigo, as minhas amigas dizem que sou demais para eles, o fato é que nenhum soube amar-me. Tenho agora a certeza que não amei o último cão. Tenho a certeza que não. Amei-me a mim mesma naquela verdade inventada. Por isso é que não ficou mágoa nem ressentimento só a certeza que a vida é para ser vivida e que devo tentar outra vez e falhar melhor.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Era covid: longe mas perto