Coisas boas da vida

Ontem acabei a noite ao telefone durante 3 horas com o meu irmão C., foi tão bom, tão bom. A nossa última conversa tinha sido há tanto tempo que me tinha esquecido o que ele me faz rir com aquele humor corrosivo, bem-disposto, assertivo e imaginativo. Brilhante. Já não me faziam rir assim há algum tempo. Ele chama-lhes, macaquinhos, super trem-elétrico do caralho, a gisenelia porcaperguiçosaporcadocaralho. Eu não aguento, ele mata-me.

E depois, é aquela vida que ele insiste eu não escrever porque quer esquecer, que é um manancial de histórias completamente loucas, a última tem como protagonista o meu sobrinho que decidiu ter como animais de estimação, reptéis, reptéis.

Já lhe disse nunca mais ponho os pés lá em casa.

Os bichinhos, 2 cobras e um dragão barbudo, vivem dentro de aquários mas têm de ser soltos – esta foi a parte do nunca mais lá vou – na maioria das vezes as cobras escondem-se debaixo do soalho e por lá ficam durante 1 mês – podiam deixar uma notinha a avisar e nessa altura podia visitá-lo, claro o dragão tem que estar morto, que aquilo não são bichinhos para mim – comem ratos, vivos e mortos, os mortos estão congelados – juro que ouvi isto tudo – e o dragão, grilos, grilos. Acontece que o veterinário – aquilo tem médico, depois admiram-se de como vai o mundo -, avisou que só se podia dar 1 grilo por semana, ora o meu sobrinho que tem como sua maior qualidade, a generosidade, vai de dar 4 grilos por dia, 4. O dr avisou, mas ele não ligou e estes bichinhos não se dão ao trabalho de mastigar, vai de engolir que é para não perder tempo, ora fazendo contas são 4 grilos vivos dentro do estômago dum dragão barbudo, barbudo porque quando respira as bochechas abrem, é que não podia ser pior para mim, não podia -.

Resumindo o dragão levantepelesdasbochechas acabou no bloco operatório do tal dr que no fim lhe cobrou 200€. 200€ para operar a barriga dum dragão barbudo.

Não consigo parar de rir, não consigo.

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