Moda Anos 40






Em 1940, a segunda grande guerra já tinha começado na Europa e a cidade de Paris ocupada em Junho desse mesmo ano, pelos alemães. Muitos estilistas mudaram-se e fecharam as suas casas. O alemães ainda tentaram levar as maison parisienses para Berlim e Viena mas sem sucesso. No entanto e, apesar da guerra, o então estilista e presidente de camara sindical teve um papel importante defendendo a permanência das maisons e, assim 92 ateliês continuaram abertos em Paris.

A escassez de tecidos devido às regras de racionamento fez com que as mulheres tivessem que reformar as suas roupas, utilizando viscose e fibras sintéticas. O corte era recto e masculino, as jaquetas tinham ombros acolchoados e angulosos e cinturões, as calças compridas e os vestidos que imitavam um saia casaco eram populares. As meias foram trocadas por soquetes ou pernas nuas. As mais audazes pintavam uma linha a imitar a costura. Muitos lenços, cabelo preso e a maquilhagem improvisada.

Esta simplicidade a que estavam submetidas despertarou o interesse por chapeús, grandes, com flores e véus; outros pequenos de feltro em estilo militar.
Alguns estilistas que abriram ateliês nessa altura, como Jacques Fath, Nina Ricci e Marcel Rochas, um dos primeiros a colocar bolsos em saia. Outro estilista importante foi o inglês Charles James que, no período de 1940 a 47, em Nova Iorque chegou a antecipar o que viria a ser o “New look”, de Christian Dior.

O isolamento de Paris fez com que os americanos se sentissem mais livres para inventar a sua própria moda e foi precisamente nesta altura que se lançaram os fundamentos do “sportswear” americano e com isso o “ready-to-wear”, depois chamado “prêt-à-porter” pelos franceses.

Com a libertação de Paris, a alegria invadiu as ruas assim como o jazz e as meias de náilon americanas que eram trazidas pelos soldados que por sua vez compravam Channel n.º 5 para oferecerem às suas mulheres. Em 1945 foi criada um exposição de moda para angariação de fundos para confirmar a força e talento da costura parisiense.

Importantes artistas, como Christian Bérard e Jean Cocteau participaram na produção da exposição, composta por 13 cenários, 237 bonecas devidamente vestidas desde a roupa desportiva a vestidos de baile com todos os acessórios inerentes. A exposição foi visitada por mais de 200 mil franceses, seguindo para vários países como Espanha, Inglaterra, Áustria e EUA sempre com muito sucesso.

Na moda do pós-guerra esperava-se simplicidade e praticidade, características da moda lançada por Channel anteriormente. Entretanto, o francês Christian dior, na sua primeira colecção – 1947 – surpreendeu todos com as suais rodadas e compridas, cintura fina, ombros e seios naturais, luvas e sapatos de saltos altos. Estava de volta o luxo e a sotisficação. Dior imortalizado com o seu “new look” jovem e alegre, visão da mulher extremamente feminina que iria ser o padrão dos anos 50.

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