À laia de diário: 40’s ou a década das lamelas

Sabemos que chegamos aos 40 quando substituímos o riso por lamelas: antes, “rir era o melhor remédio”, agora “tomar uma lamela é o melhor remédio”.

Antes dos 40 qualquer situação desaprazível ouvia-se: “olha, ri-te”, “deixa lá” “ri-te que é o melhor que tens a fazer” e o problema estava devidamente sanado. Nesta década a coisa já não vai lá com risos e assobios, agora “tomarr uma lamela é o melhor remédio”.

Existem para tudo e qualquer problema: bexigas doidas, ataques de pânico, falta de humor, queda de cabelo, falta de libido, calvície, bullshit alheia, insónias, pernas inchadas, falta de sexo, infelicidade, depressão, transtorno disruptivo de desregulação do humor, vulvas fugitivas, distúrbios mentais e outras que agora não me lembro, nem quero.

No que diz respeito à menopausa são precisas 42 lamelas, lembram-se da Samanta do “Sexo e a Cidade”? Não, não era brincadeirinha, é a dura realidade. Doutra maneira desfazemo-nos em calor, definhamos ou anafamos (conforme o caso) diariamente, não sentimos nada da cintura para baixo nem de fronte duma equipa de jogadores de basquete americano desnudos, aparecem-nos manchas na pele de várias cores e tamanhos ao ponto de acharmos que temos cancro de pele, choramos porque nos estamos a rir e rimos porque estamos a chorar, no meu caso quase pareço uma lobimulher tantos são os pêlos que me estão a crescer.

Ainda não existem lamelas para o problema da horseface nem mulheres sem escrúpulos ou com a síndrome da vulva aberta, para estes três casos, só uma moca de rio maior nos dentes da frente e… mesmo assim acho difícil, que aquilo são uns bichinhos teimosos e “percevejantes” (mistura entre perseverante e percevejos, - o bicho, mas em peganhento).

Vou ali tomar a minha lamela e já volto.

as minhas lamelas e afins
google images

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Era covid: longe mas perto