À laia de diário: Amigos com benefícios: teoria sem milagres

Numa época em que os benefícios mais parecem milagre ter um amigo com benefícios é assombro. Senão vejamos, encontro-me naquela faixa etária em que a ilusão só acontece quando vamos andar de montanha russa e antes do carrinho começar a corrida iludimo-nos para não chorar ou então perguntamo-nos a gritar “havia ALGUMA necessidade de estar aqui!?”.

É assombro porque encontrar alguém que quer o mesmo na mesma altura é milagroso, só não se trata dum milagre porque não existem…, os milagres. O que aconteceu é que duas pessoas, que se gostam, que percorreram percursos diferentes, chegaram ao mesmo sítio e a querer a mesma coisa. E eu continuo-o a não acreditar em milagres mas sim e cada vez mais na capacidade do ser humano em adaptar-se a qualquer situação desde que acredite MUITO nela.

Já se teorizou muito acerca deste assunto, já se teorizou muito sobre a quem custa mais se aos homens se às mulheres. E, também, já se chegou a grandes conclusões como: os homens não são capazes de ter sexo com amigas porque não têm amigas e as mulheres não podem ter amigos com benefícios porque são muito inseguras e possessivas. Ainda e, relativamente ao sexo, Desmond Morris (O Macaco Nu) teoriza que o sexo era forma de manter as relações de casal devido à necessidade de ausência do homem para caçar e ao inusitadamente longo tempo de crescimento das crias só possível com relações de casal estáveis durante muito tempo, da mesma forma que o prazer da mulher teria existido para mantê-la fiel durante os longos períodos de ausência para caça.

Enfim, há teorias para tudo e eu AGORA tenho a minha:

Ter mais de 40 anos, ser frontal, inteligente e respeitador a maior parte do tempo e quem sabe se não acabamo(a)s apaixonado(a)s pelo beneficiador(a) de benefícios e aí acontecer-nos sermos as pessoas mais felizes do mundo uma vez. Uma vez.

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