À laia de diário: Sou magra, e agora?

E agora? Caladas! Sou magra, não consigo engordar e não posso falar sobre este assunto com ninguém, principalmente com as minhas amigas, é que corro o risco de ficar sem um olho sem cabelo e sem dentes só para não dizer graças sem graça nenhuma.

O gajedo tem destas coisas, mazinhas umas para as outras é o que é, cambada de invejosas.

Chego a ser maltratada e não preciso conhecê-las, basta aparecer numa festa para me tornar num alvo a abater e levar uma valente carga de pancada mais que justificada apenas com a minha presença. Más. No outro dia fui a uma festa em casa duns amigos e quando entrei na sala – perceberam bem? É que eu tinha acabado de entrar na sala -, aproxima-se uma ganda maluca feia, com com bigode e 246 kg de peso -, ao nível da horseface -, que me diz o seguinte: as magras são como as lagostas, custam a abrir e não têm nada que se coma.
Isto só para perceberem o nível de infelicidade que uma magra carrega dentro de si é que basta a nossa presença para insultarmos alguém, ou seja, somos umas mudas-insultantes-agressivas aos olhos das outras e, como se isto não bastasse - isto o fato de não termos amigas -, os empregados de mesa e treinadores de pedotríbica acham que somos magras por paixão. Ou seja, dão cabo de nós com as boçalidades que nos dirigem, senão como se explica que um empregado de mesa me tenha servido, sem eu ter pedido, uma coca-cola acompanhada por uma salada de queijo mais um croquete de carne mas tudo a saber a sabão azul e branco porque o grandessíssimo anormal do desqualificado me deu tudo light. Ou personal trainer acéfalo que elaborou um programa de exercícios seguros e efetivos para … a Margarida Martins, porque para mim não foi de certeza, sua anta desqualificada.

Uma magra sofre muito e de muitas maneiras.

Tenho mais de 40 anos, sou magra, não tenho celulite e não engordo. Ponto final suas invejosa(o)s.

Comentários

Mensagens populares deste blogue

Era covid: longe mas perto