A insustentável LEVEZA do ser

A problemática da leveza/peso do ser e, de acordo com Parmênides de Eléia (filosofo pré-socrático), em que situa a controversa em torno das dualidades do ser, e que essas dualidades surgem na presença /ausência duma entidade, nesse sentido o frio, a título de exemplo, é apenas a ausência de calor, o não calor, as trevas são a ausência de luz, a não luz e por aí em diante. Já Milan Kundera considera que a leveza decorre de uma vida levada sob o teto da liberdade sem compromisso, ou seja, uma vida levada sem comprometimento com qualquer situação. Para mim, que não sou filósofa - bem longe disso – a leveza do ser é viver uma vida sem comprometimento com qualquer situação mas responsabilizando os outros pela não-vida que levam. Ou seja, escolhem a via mais fácil, o da leveza tornando pesada a vida dos outros. É que a leveza tem o custo de não dar sentido nenhum à vida, e estas pessoas quando lhes acontece a lucidez momentânea (se a tivessem sempre não levavam a vida assim) veem-se sós e dependentes dos outros e lá caem da sua insustentabilidade e estatelam-se no chão e mesmo assim aguardam que alguém os levante. Seres preguiçosos é o que é.

Ora, bardamerda para isto tudo, eu que levo a minha vidinha com peso e medidas sem transportá-los para ninguém, porque raio tenho que levar com isto? Em nome de quê uma pessoa carrega o peso doutra vida? É que isso vale muito, querem perguntar quanto custa? Podem perguntar se queremos?

Acordos tácitos, relações familiares ou de amizade não são para aqui chamados, a minha vida não transporta peso para ninguém a não ser para mim, assim como a dos outros é a vida dos outros e eu não faço tenção de ficar com o peso de ninguém, nem que seja por 1 minuto. É insustentável levar com o peso dos outros. Tenho dito.

Pesem-se, paguem as contas e responsabilizem-se que a menina, aqui, vai passear a sua leveza para bem longe.

by MB em bicho mau

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