À laia de diário: Charmosos ou abutres-do-egipto?
Já por aqui expliquei o que acho acerca dos homens mas devo fazer um resumo à laia de introdução: os homens destroem-me, desarrumam-me a cabeça a casa e a vida. Dão-me e, sempre deram, mais insatisfação que prazer, não me percebem não são românticos e a grande maioria fica intimidada pelo sexo. Ele há os que não conseguem ultrapassar a barreira do carro para a casa, os que nos escrevem e-mails com erros ortográficos, os que nos enviam mensagens a dizer que estão deprimidos, os que nos convidam para beber capilé, que nos desafiam - no pico da paixão - para ir à Índia... não me lembraria de país mais romântico! Também há os que engoliram o António Variações, amam-nos, mas não gostam de nós. Ressonam, cheiram mal dos pés, querem ser tratados como filhos e ainda temos que lhes explicar tudo, se nos distrairmos ainda lhes pagamos as contas.
Mas, porém, contudo dá-se o caso, infelizmente, de ser hetereosexual profunda. Isto quer dizer que não sou eu que não quero ser bissexual o meu subconsciente é que não deixa. Isto não é uma desculpa é o assumir da minha inaptidão real e efectiva e significa que o meu subconsciente não me deixa ter uma relação lesbiana porque a única mulher que se apaixonou por mim era feia, dentuça, tinha o arco do triunfo entre as pernas, falava sem ter nada para dizer, tinha o cabelo sempre igual, vestia-se mal e tinha a sensibilidade duma bota da tropa. Sim, parecia a irmã feia do Brutus ou uma lutadora de wrestling com músculos só da cintura para baixo. À conta disto já me dediquei ao estudo do cérebro com a convicção inabalável de conseguir explicar ao meu subconsciente que o susto já passou.
Isto tudo para dizer que continuo a apreciar homens e há duas coisas que, mesmo sabendo que vem por aí mais do mesmo, me fazem suspirar e tropeçar: um sorriso bonito e um homem charmoso, definitivamente, podem "acabar" comigo - o "meu" George Clooney é charmoso e tem o sorriso mais ... (faltam-me as palavras e o ar) do mundo - o George Clonney tem tudo e por isso não é para aqui chamado, é um caso único apreciado por homens e mulheres. Conclusão, a minha esperança está nos charmosos e no George Clooney, tudo certo. Posso viver com isso. E vivo na tranquilidade até que sou confrontada pela atual preocupação do mulherio a nível planetário que reside no fato dos charmosos estarem em extinção tal qual os abutres-do-egipto?
Are you joking?
Cambada de incompetentes.
Pode, a desculpa, de que o charme, pelo seu apelo, possa ser considerado uma virtude amoral, tornando-se, assim, num atributo estranho?
Comecei, então, a debruçar-me sobre o assunto perguntando às minhas amigas o que pensam e a ler o que se escrevia por aí. Descobri que as americanas estão preocupadas e questionam: Whatever happened to male charm—not just our appreciation of it, or our idea of it, but the thing itself? Já as minhas amigas tiveram uma grande dificuldade em enumerar alguns, principalmente charmosos portugueses.
Está a acontecer, os charmosos estão em extinção e, por consequência, o mundo nunca mais será o mesmo.
Relativamente à thing itself estamos todas de acordo: charme nada tem a ver com a beleza e é diretamente proporcional à idade, ou seja, um homem feio pode ser charmoso mas um homem novo não pode. Estamos de acordo que a maneira de vestir e falar faz parte do charme num homem, o humor é outra das características fundamentais num charmoso. Concordamos, também, que um sorriso bonito num charmoso pode ter um efeito perturbador no nosso aquecimento global interior.
Conclusão deste estudo caseiro sobre se os homens charmosos estão em extinção: vivemos numa era em que vale tudo menos homens charmosos, em que a maioria tem uma noção suspeita do que é o charme, poucos cultivam-no, menos ainda sabem do que se trata e o resto é uma miragem ou milagre.
Mas, porém, contudo dá-se o caso, infelizmente, de ser hetereosexual profunda. Isto quer dizer que não sou eu que não quero ser bissexual o meu subconsciente é que não deixa. Isto não é uma desculpa é o assumir da minha inaptidão real e efectiva e significa que o meu subconsciente não me deixa ter uma relação lesbiana porque a única mulher que se apaixonou por mim era feia, dentuça, tinha o arco do triunfo entre as pernas, falava sem ter nada para dizer, tinha o cabelo sempre igual, vestia-se mal e tinha a sensibilidade duma bota da tropa. Sim, parecia a irmã feia do Brutus ou uma lutadora de wrestling com músculos só da cintura para baixo. À conta disto já me dediquei ao estudo do cérebro com a convicção inabalável de conseguir explicar ao meu subconsciente que o susto já passou.
Isto tudo para dizer que continuo a apreciar homens e há duas coisas que, mesmo sabendo que vem por aí mais do mesmo, me fazem suspirar e tropeçar: um sorriso bonito e um homem charmoso, definitivamente, podem "acabar" comigo - o "meu" George Clooney é charmoso e tem o sorriso mais ... (faltam-me as palavras e o ar) do mundo - o George Clonney tem tudo e por isso não é para aqui chamado, é um caso único apreciado por homens e mulheres. Conclusão, a minha esperança está nos charmosos e no George Clooney, tudo certo. Posso viver com isso. E vivo na tranquilidade até que sou confrontada pela atual preocupação do mulherio a nível planetário que reside no fato dos charmosos estarem em extinção tal qual os abutres-do-egipto?
Are you joking?
Cambada de incompetentes.
Pode, a desculpa, de que o charme, pelo seu apelo, possa ser considerado uma virtude amoral, tornando-se, assim, num atributo estranho?
Comecei, então, a debruçar-me sobre o assunto perguntando às minhas amigas o que pensam e a ler o que se escrevia por aí. Descobri que as americanas estão preocupadas e questionam: Whatever happened to male charm—not just our appreciation of it, or our idea of it, but the thing itself? Já as minhas amigas tiveram uma grande dificuldade em enumerar alguns, principalmente charmosos portugueses.
Está a acontecer, os charmosos estão em extinção e, por consequência, o mundo nunca mais será o mesmo.
Relativamente à thing itself estamos todas de acordo: charme nada tem a ver com a beleza e é diretamente proporcional à idade, ou seja, um homem feio pode ser charmoso mas um homem novo não pode. Estamos de acordo que a maneira de vestir e falar faz parte do charme num homem, o humor é outra das características fundamentais num charmoso. Concordamos, também, que um sorriso bonito num charmoso pode ter um efeito perturbador no nosso aquecimento global interior.
Conclusão deste estudo caseiro sobre se os homens charmosos estão em extinção: vivemos numa era em que vale tudo menos homens charmosos, em que a maioria tem uma noção suspeita do que é o charme, poucos cultivam-no, menos ainda sabem do que se trata e o resto é uma miragem ou milagre.
Segue-se uma listagem dos exemplares raros que por aí pululam:
George Clooney - the one and only
Miguel Sousa Tavares - há 25 anos atrás
Bruce Willis - forever
José Mourinho - sempre
Johnny Deep - no geral
Javier Bardem - no filme Vicky Christina Barcelona
José Luis Judas - até ganhou eleições
McDreamy - Pactrick Dempsey na série Anatomia de Grey
Clive Owen - no filme Closer
Pierce Brosnan - no filme The Thomas Crown's affair
Fancisco José Viegas - com menos 50 kg
Jon Hamm - e a sua hammaconda
Barack Obama - do alto do seu 1,85m
Caetano Veloso - cada vez melhor
José Eduardo Agualusa - até fala criolo
Entre outros, poucos, mas a lista não acaba aqui.
E ainda:
Ricardo Araújo Pereira - um futuro charmoso
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