Relembrar Jean-Michel Basquiat
Jean-Michel Basquiat nasceu em Brooklyn, NY no dia 22 de Dezembro de 1960, com ascendência porto-riquenha da parte da mãe e haitiana por parte do pai.
Desde pequenino que mostra uma aptidão invulgar para a arte, sendo Matilde, sua mãe, a maior influencia ensinando-o a desenhar, pintar e a participar em atividades artísticas. Aos 17 anos este homem lindo, by the way, começa a grafitar em prédios abandonados de Manhattan, e assinava "SAMO" ou "SAMO shit". Adoro esta assinatura. Este projeto "SAMO" acabou com o epitáfio "SAMO IS DEAD" escrito nas paredes de consrução do Soho novaiorquino. Por esta altura Basquiat já tinha despertado curiosidade.
Depois de se mudar para NY sobreviveu a vender postais na rua a dormir em casa das imensas namoradas e começou a ser amplamente reconhecido - ele tinha tido uma banda com famoso ator Vicent Gallo, daí não ser totalmente desconhecido além, claro, da grafitte - quando participou no The Times Square Show, uma exposição de vários artistas, o famoso critico de arte e poeta Rene Ricard publicou, então, um artigo onde falava de Basquiat. A partir daqui a carreira de Basquiat estava lançada a nível internacional, participava em exposições com nomes como Keith Haring e Barbara Kruger, realizando exposições internacionais com a juda de galeristas famosos.
Em 1982 Basquiat era visto na companhia de Julian Schnabel, David Salle entre outros especialistas em arte que seriam conhecidos como "neo-expressionistas". Foi namorado de Madonna no mesmo ano em que conheceu Andy Warhol de quem se tornou amigo chegando a realizar vários projetos artisticos juntos. Mesmo assim nunca foi reconhecido ao mais alto nível artistico daquela altura, nunca o acharam ao mesmo nível que Schnabel, por exemplo, o que juntamente com o uso abusivo de drogas provocou um comportamento paranóico, acabando por morrer vitima dum coquetel de drogas.
Basquiat foi um miúdo genial artisticamente que aos 22 anos já tinha sucesso internacional passeando-se com os maiores artistas do mundo. Trabalhador e muito dedicado, Basquiat pintava todos os dias quase com horário - os amigos íam visitá-lo e ele continuava a pintar -, em 1985 foi capa da revista do The New York Times numa reportagem inteiramente dedicada a si. Amigo, namoradeiro e preguiçoso demais para ir ao banco - Basquiat não depositava dinheiro no banco, só na sua primeira exposição ganhou 200 mil dólares - segundo uma amiga que viveu muitos anos com ele, conta que para se encontrar dinheiro bastava abrir um livro.
Faz-me bem relembrar.
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